Pensei em escrever sobre Clarice ontem- já que foi aniversário de sua morte. Mas por mais melancolia que houvesse em seus textos ela tinha vivacidade em si. Exatamente por isso esperei um dia para postar em seu aniversário. Ela pode ter falecido, mas sua arte vive em cada um de nós. Ela está em cada angústia que sentimos ou cada contato com o mar ou até mesmo a clássica desilusão amorosa.
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um louco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."Beijos, @opsjulia_
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